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Esquizofrenia e uso de drogas: descubra aqui a relação

Esquizofrenia e uso de drogas: descubra aqui a relação

A relação de qualquer pessoa com as drogas por si só já pode causar problemas graves de relacionamento e até risco de morte. No caso de transtornos mentais, o uso dessas substâncias pode aumentar gradativamente as chances de desenvolvimento precoce. A esquizofrenia e drogas, por exemplo, estão relacionados e preocupam os profissionais e os familiares de dependentes químicos.

Um estudo recente realizado na Dinamarca sugere a forte possibilidade de o uso de drogas como álcool, maconha, cocaína e outras estarem diretamente relacionado ao desencadeamento da esquizofrenia.

No texto de hoje, você vai entender sobre essa doença e a relação estabelecida entre seu aparecimento e o uso de drogas. Continue a leitura e saiba mais sobre esse problema.

O que é esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno de ordem psiquiátrica que ocorre por meio do desequilíbrio químico de mecanismos cerebrais. Ao contrário do que se pode imaginar, essa não é uma desordem que causa transtorno de múltiplas personalidades, mas sim uma doença complexa que pode causar delírio, distorção da realidade e alucinações.

Alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem histórico familiar, exposição a toxinas, falta de nutrientes e vírus ainda dentro da barriga da mãe, problemas durante o parto, tabagismo e uso de drogas.

Quais são seus sintomas?

Quem sofre de esquizofrenia pode passar por algumas crises que envolvem distorção da realidade, alteração comportamental e alucinações. É importante entender os sintomas para detectar o problema e, se o paciente ainda não estiver em tratamento, procurar um profissional o mais rápido possível.

Alucinações

É um dos sinais mais comuns de quem tem o transtorno. O cérebro recebe estímulos de formas diferentes, o que culmina em ouvir coisas que as outras pessoas não ouvem, ter visões distorcidas e fora da realidade. Em consequência, a pessoa pode começar a conversar com essas vozes e interagir com imagens e pessoas que estejam aparecendo em sua mente.

Delírios

Os delírios englobam certa síndrome de perseguição durante uma crise. Por exemplo, uma pessoa com esquizofrenia acha que está sendo prejudicada de alguma forma, que outras pessoas estão trabalhando em um plano para criar uma emboscada.

Partindo desse princípio, situações corriqueiras do dia a dia, como uma pessoa passar e olhar ou um simples apresentador da TV dando notícias, podem desencadear um delírio de perseguição e o medo de cair em uma armadilha.

Outro delírio comum do paciente esquizofrênico é pensar que seu cérebro está sendo controlado por forças superiores, ou que ela pode interferir no pensamento de outras pessoas. Inclusive, delírios corriqueiros como se culpar por grandes catástrofes, achar que está sendo traído ou que o corpo ou o ambiente estão infestados por animais ou parasitas.

Pensamentos fora de ordem

Por ter tantos pensamentos passando pela cabeça no momento de crise, a pessoa que sofre desse transtorno acaba ficando confusa e sua fala não consegue acompanhar seus pensamentos. É comum que, ao responder uma pergunta a pessoa esquizofrênica tenha falas desconexas e não consiga manter a linha de raciocínio durante muito tempo.

Qual a relação entre a esquizofrenia e drogas?

Observando a relação entre as drogas e a esquizofrenia, que é estudada há algum tempo, um grupo de pesquisadores do Hospital Universitário de Copenhague, na Dinamarca, realizaram um estudo envolvendo mais de 3 milhões de registros de pessoas dinamarquesas, sendo que 204.505 delas tinham histórico de abuso de substâncias químicas e 21.305 tinham sido diagnosticadas com esquizofrenia.

Considerando fatores como gênero, outros problemas psiquiátricos, quantidade consumida de drogas, aspectos econômicos, entre outros, foi concluído que, de modo geral, o consumo de substâncias tóxicas aumenta em seis vezes o risco de desenvolver a doença.

No estudo, foi relatado que a maconha aumentou as chances em 5,2 vezes, o álcool em 3,4, seguidos de drogas alucinógenas (1,9), sedativos (1,7) e anfetaminas (1,24).

Apesar do número, o estudo não comprovou se o problema é maior em pessoas que já tem propensão a adquirir a doença ou se qualquer pessoa tem o risco de adquirir a esquizofrenia se utilizar determinadas substâncias.

Um fato é certo, conforme mostrou o índice da pesquisa, a maconha é uma das maiores inimigas de uma pessoa que tem a doença. Segundo estudos esta droga desencadeia a esquizofrenia em pessoas predispostas. As maiores evidências foram confirmadas em adolescentes por sua base neural.

Quais são os efeitos da esquizofrenia?

Durante uma crise, como você já viu, podem ocorrer delírios, alucinações e uma sensação de desespero, seguida de palavras desconexas, explicações limitadas e pensamentos desorganizados.

Esse comportamento é perigoso, já que, em meio a tantas vozes, visões e ideias, a pessoa esquizofrênica pode sair de casa, sem rumo e sem noção do perigo a que está submetida. Isso pode culminar em acidentes, assaltos, roubos e violência. Portanto, a melhor atitude a ser tomada durante uma crise é impedir que a pessoa saia de casa, medicar conforme orientação profissional e ter muita paciência.

Como é possível distinguir a doença de outros distúrbios causados pelas drogas?

Quando sob efeito das drogas, o corpo humano tem reações muito parecidas com os sintomas da esquizofrenia. Por esse motivo, é importante ficar atento ao comportamento da pessoa em diferentes momentos do dia, inclusive quando está sem o efeito das drogas.

O mais importante, porém, é procurar ajuda psiquiátrica tanto para auxiliar no tratamento contra o vício, como também para obter um diagnóstico e orientações sobre a esquizofrenia. Com o medicamento correto, fica mais fácil controlar a doença e saber o que fazer quando acontece um episódio de crise.

É muito difícil para a família conseguir tirar alguém do vício das drogas sem ajuda, quanto mais deter uma pessoa que está em meio a uma crise mental. Portanto, a ajuda médica é necessária e crucial no tratamento.

Como é o tratamento da esquizofrenia em um usuário de drogas?

Não existe cura para a esquizofrenia, assim como não existe para o vício. Quem sofre de ambos precisa ficar em eterna vigilância e realizar o tratamento, conforme orientação profissional. No caso de pessoas esquizofrênicas, são administrados medicamentos, sessões de terapia, acompanhamento médico e até internação, se necessário.

A relação entre a esquizofrenia e uso de drogas é íntima, já que as substâncias químicas aumentam os riscos de desenvolvimento da doença. Portanto, é importante levar a sério o vício e, ao menor sinal de ter alguém com problemas com drogas na família, oferecer ajuda.

Como as clínicas de recuperação podem auxiliar?

Se o esquizofrênico é um dependente químico, a internação em uma clínica de recuperação, auxiliará o paciente com um planejamento individualizado de reabilitação com medicamentos, psicoterapia, terapia ocupacional e a lidar com questões do dia a dia. Veja mais sobre as vantagens.

Especialização no assunto

O objetivo de uma clínica de recuperação é fazer com que o paciente interrompa um padrão de consumo e comportamento abusivo e nocivo a sua vida e de seus familiares. Busca reconstruir sua vida para voltar a viver em sociedade.

A clínica oferece os recursos físicos e humanos necessários para o paciente superar as crises de abstinência e o que for decorrente disto, pois, a equipe é composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e professores de esporte e arte.

Tratamento terapêutico com interno e familiares

A droga destrói as relações entre o paciente e seus familiares, por isso o indicado é buscar ajuda com psicólogo ou mesmo com os profissionais da clínica de recuperação para receber orientações de como lidar com tanta mágoa e ajudar o dependente. A reconstrução deste relacionamento é de suma importância para o bom convívio de todos e, principalmente para a recuperação do dependente.

Laborterapia

O objetivo da laborterapia é evitar a ociosidade no tempo de internação ajudando o paciente a desenvolver habilidades, produzir algo e ver o resultado, aceitar regras, ter disciplina e responsabilidade, ajudar o outro visando a preocupação do mesmo.

Quais os tipos de tratamento específicos?

Existem três diferentes maneiras de tratamentos, sendo:

Tratamento interno

O paciente fica internado sob cuidados da equipe 24 horas por dia, sete dias por semana. O período pode variar de 28 dias até mais de seis meses. Geralmente, o prazo mais longo de internação necessita de ordem judicial, pois haverá um trabalho de ressocialização para que a pessoa retorne a sociedade.

Tratamento externo

Nesta categoria o paciente não fica internado, ele frequenta a clínica de reabilitação para participar das terapias com psicólogo que faz o acompanhamento e em grupo (Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos). Desta forma, o paciente pode levar sua vida normalmente, mas isto acontece quando a dependência química é mais leve ou para dar continuidade ao tratamento depois de uma internação.

Tratamento de internação parcial

A combinação dos dois anteriores é para que o paciente receba o tratamento necessário ao longo do dia e retorne para sua casa à noite. O horário é comercial das 8 às 18 horas, mas em vez de ir trabalhar o dependente realizará tarefas na clínica para ajudar na sua reabilitação.

A esquizofrenia e drogas são duas coisas que não combinam, ainda mais se esta for a maconha.  Esperamos que neste artigo você tenha entendido a relação de nocividade para ambas e suas formas de tratamento. Incluindo a participação da clínica de recuperação durante este processo.

Entender sobre o vício e os problemas relacionados a ele pode ser uma ferramenta essencial para salvar alguém que você ama. Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de álcool e drogas.

Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais!

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