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Suicídio e o uso de drogas: entenda essa relação

Suicídio e o uso de drogas: entenda essa relação

O suicídio e a dependência de substâncias químicas são dois temas difíceis e cercados de preconceitos em nossa sociedade.

Mas precisamos falar sobre eles, por um motivo bem claro: a proteção da vida.

Entender qual é a relação entre suicídio e uso de drogas e identificar quais são os sinais de risco em torno dessa situação trágica pode fazer toda a diferença para desmistificar o tabu e abrir caminho para a prevenção.

Se essa preocupação já passou por sua cabeça, acompanhe este post e veja o que pode ser feito em momentos como esse.

A relação entre suicídio e uso de drogas existe mesmo?

Você sabia que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas se suicidam a cada ano, ou seja, um caso a cada 40 segundos.

O que nem sempre a gente percebe é que essas mortes poderiam ser evitadas.

O suicídio é o desfecho de um processo, muitas vezes influenciado por transtornos mentais, abuso de álcool e outras drogas. E os dados indicam que essa influência não é uma suposição.

Uma pesquisa recente mostrou que jovens com histórico de internação hospitalar devido ao uso excessivo de álcool e drogas ou por envolvimento em violência têm risco 5 vezes maior de tentar suicídio na década seguinte.

Foram analisados registros de mais de um milhão de adolescentes de 10 a 19 anos.

O que os estudos revelam?

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O estudo revelou também que pacientes internados alguma vez por automutilação são mais propensos a morrer, tanto por suicídio quanto por abuso de álcool e drogas.

Mas não para por aí. Em outro trabalho, pesquisadores analisaram tentativas de suicídio atendidas em um pronto-socorro e sua correspondência com a dependência ou o abuso de substâncias durante um período de 12 meses.

Os resultados mostram que, além do consumo de álcool antes da tentativa em 21% dos casos, a maconha e a cocaína também foram rastreadas em 7,5% das ocorrências.

A dependência de alguma substância apareceu em 10% dos casos.

Por que entender essa relação é importante?

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As estatísticas confirmam a necessidade de conversar sobre o assunto e deixam claro que esse tipo de situação não é um caso isolado.

Depois de descobrirmos isso, precisamos passar para o próximo passo: combater o estigma e saber identificar os sinais de alerta precocemente, para evitar tragédias mais tarde.

É importante lembrar que a manifestação de ideias suicidas e as tentativas anteriores de tirar a vida estão associadas à maior probabilidade de consumação do ato.

Para uma intervenção bem-sucedida nos estágios iniciais, a família e os profissionais de saúde devem ter atenção especial com as pessoas com sintomas indicativos de doenças mentais e dependência de substâncias.

Esse quadro resulta em alguns sinais que podem estar ligados ao comportamento suicida. Vamos ver, a seguir, quais são eles.

Quais são os sinais de alerta da relação entre dependência e suicídio?

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vínculo entre os transtornos mentais e a dependência de drogas varia.

Uma coisa pode causar a outra, ser a consequência da outra ou, ainda, acontecer de forma paralela. Seja como for, o abuso de substâncias está entre os fatores de risco para o desenvolvimento do comportamento suicida.

Nesse caso, a dependência pode funcionar de duas maneiras:

  • como uma prisão, que impede o dependente de escapar de um ciclo de desconforto;
  • como uma ilusão de alívio de outras condições aprisionadoras: depressão, transtorno bipolar, transtornos ligados à ansiedade e outros, como a esquizofrenia. Frequentemente, essas doenças não são tratadas (ou tratadas inadequadamente).

A ligação entre problemas de saúde mental, suicídio e uso de drogas soma-se a sintomas como isolamento; mudanças de comportamento; depoimentos sobre o desejo de morrer ou em tom de despedida — inclusive nas redes sociais; falta de planos para o futuro e medidas para colocar todas as contas em ordem, com o objetivo de “não deixar nenhum problema para a família”.

Quando estamos diante dessa preocupação, é útil avaliar, junto aos sintomas, alguns fatores de risco.

Quais são os fatores de risco para suicídio?

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  • tentativa prévia;
  • viver sozinho;
  • histórico de suicídio na família;
  • ser portador de uma doença que causa dor física ou incapacita para o trabalho e tarefas cotidianas;
  • perdas econômicas e de status social;
  • relacionamentos afetivos disfuncionais;
  • sensação de abandono afetivo, seja pela separação ou por falecimento do cônjuge, afastamento de amigos próximos, ausência ou divórcio dos pais;
  • violência no contexto familiar e agressão sexual, moral ou psicológica;
  • humilhação e desonra, como nos casos de homofobia, racismo e xenofobia;
  • vulnerabilidade social;
  • casos de sofrimento psíquico, transtorno mental e dificuldades em lidar com problemas, principalmente entre os mais jovens.

A súbita melhora de um quadro de depressão também deve ser observada com atenção pelas pessoas próximas, porque a decisão de encerrar a própria vida pode ter sido tomada.

Como lidar com esses sinais?

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Depois de aprender a identificar esses sinais, é importante saber o que fazer diante de tal situação. De acordo com a OMS, a abordagem preventiva deve ocorrer de duas formas principais:

  • restringindo o acesso a métodos comuns de suicídio (por exemplo: armas de fogo e alguns medicamentos);
  • oferecendo tratamento para a depressão e a dependência de álcool e drogas.

Para entender porque o segundo item é tão importante, lembre-se de que as drogas pioram a adesão da pessoa ao tratamento do transtorno mental, afetam a resposta aos medicamentos e à terapia psicológica, contribuem para aumentar a impulsividade e intensificam os sintomas de depressão e ansiedade.

Restringir o consumo de substâncias que causam dependência facilita o diagnóstico e a resposta mais rápida ao tratamento.

Além disso, tratar a dependência torna mais fácil o caminho para a mudança de estilo de vida e para reencontrar elementos significativos no dia a dia.

Como ter sucesso no tratamento?

É muito importante lembrar que, para ter chance de sucesso no tratamento, a família deve estar engajada no processo.

Se você estiver lidando com uma situação como essa, procure informações de fontes confiáveis e busque orientações com especialistas e grupos de apoio.

Outra dica é não minimizar a tentativa ou ignorar as ideias suicidas.

Esqueça aquele ditado — “cão que ladra não morde”. Se alguém chega a esse grau de manifestação do desespero, deve ser encaminhado para sistemas de apoio e tratamento.

Portanto, é fundamental tentar vencer os preconceitos e não julgar o indivíduo com comportamento suicida.

Além disso, é comum ouvirmos as palavras “covarde” e “egoísta” nesses momentos.

Na verdade, a pessoa não quer magoar ninguém: ela está buscando uma saída para uma dor ou um sofrimento que parece intolerável.

Portanto, em vez de ridicularizar, a postura deve ser de ouvir, amparar e buscar ajuda.

Afinal, quanto mais rapidamente for percebida a ameaça, mais ágil será a ajuda.

Além disso, em alguns casos, quando a ideação suicida está associada a um conjunto de fatores de risco, a exemplo da dependência química, a internação pode ser necessária.

Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória 
 

A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.  

 

1- Internação Voluntária:  

internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.  
  • Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.  
  • Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.  
     
     

2- Internação Involuntária:  

internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.  
  • Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.  
  • Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.  
     
     

3- Internação Compulsória:  

internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.  
  • Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.  
  • Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.  
     
     

Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.  

  

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:  

O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:   
 

  1. Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
     
     
  2. Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
     
     
  3. Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
     
     
  4. Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
     
     
  5. Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego. 

    

Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.   

  

Benefícios da Internação  

A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:  

  

Ambiente Controlado e Seguro: 

Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.  

Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.  

  

Tratamento Multidisciplinar e Personalizado: 

As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.  

Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.  

  
  

Desintoxicação Segura e Supervisionada: 

Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.  

Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.  

   

Aprendizado de Habilidades para a Vida: 

- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.  

- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.  

   

  

Suporte Emocional e Social: 

- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.  

- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.  

  

Prevenção de Recaídas: 

  

- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.  

- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.  

Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias. 

 

Conclusão

Quando falamos de suicídio e uso de drogas, é natural que surjam dúvidas.

E então, o artigo de hoje foi útil para você? Portanto, para saber mais, leia também nosso post sobre internação involuntária e descubra como proceder da melhor forma. Até a próxima!

Sendo assim, esperamos ter ajudado você a compreender como funciona uma clínica de reabilitação.

Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais!

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