Internação Involuntária. Descubra aqui quando é o momento certo!
Saiba qual o momento certo para realizar uma internação involuntária!
A internação involuntária é uma medida extrema utilizada quando uma pessoa não tem condições de discernir a gravidade de sua situação e representa um risco para si mesma ou para os outros. Esse tipo de internação é regulado por leis específicas e deve seguir critérios rigorosos. O momento certo para realizar uma internação involuntária pode ser avaliado de acordo com os seguintes pontos:
- Risco Imediato: Quando a pessoa apresenta comportamento que indique risco iminente de suicídio, automutilação ou agressão a outras pessoas.
- Incapacidade de Autocuidado: Quando a pessoa não consegue se cuidar adequadamente, resultando em deterioração física, mental ou social significativa.
- Quadro Psiquiátrico Grave: Em casos de transtornos mentais graves que comprometam severamente a capacidade de julgamento, como surtos psicóticos, episódios maníacos ou depressivos graves.
- Recusa de Tratamento Necessário: Quando a pessoa recusa tratamento necessário para sua condição, e essa recusa pode levar a consequências graves para sua saúde e segurança.
Engana-se quem pensa que a dependência química é um desafio apenas para o usuário. Esse vício deixa todo o núcleo familiar co-dependente, e tem o potencial de devastar toda a relação e harmonia familiar. Para amenizar os danos, muito se ouve sobre a Internação involuntária, mas será que funciona?
A verdade é que ajudar o dependente a reconhecer a doença e a necessidade de um tratamento é indispensável para frear as graves consequências que o vício traz, como perda de emprego, afastamento de amigos e falta de interesse na vida social.
Quer aprender a identificar os sinais de que um parente que você ama está usando drogas, e descobrir qual é o melhor momento para internar um dependente químico? Vamos abordar essa questão no artigo de hoje. Confira.
O que é a dependência química e por que pode ser necessário uma internação involuntária?
O problema com drogas atinge pessoas das mais variadas faixas etárias e classes sociais, e infelizmente, é uma realidade de milhares indivíduos no país.
Basicamente, a dependência é uma relação corrompida entre o indivíduo e sua maneira de consumir uma substancia psicoativa. O uso constante de determinada substancia pode levar à perda do controle sobre o uso, causando síndrome de abstinência quando o consumo é reduzido ou interrompido, e essa situação é chamada de dependência química.
Ela afeta o usuário com o passar do tempo, o que a determina como doença crônica, pode ser psíquica e/ou física. O dependente químico é impulsionado a uma eterna busca pelo prazer momentâneo que a droga traz, o que modifica todos os vínculos que o ele possui, seja familiar, social ou profissional.
São características comportamentais próprias observadas em pessoas que sofrem com dependência química:
- manipulação;
- obsessão;
- ansiedade;
- auto piedade;
- comportamentos antissociais;
- paranoia.
A partir do momento em que o usuário deixa de usar apenas por diversão e passa a querer aquilo com maior frequência, ele se torna capaz de qualquer loucura só para não sentir o desprazer que a ausência da droga traz, e nessa situação, a pessoa passa a ser reconhecido como um dependente químico.
É por esse motivo que a dependência química afeta direta e indiretamente toda a família, pois, o usuário já não mede as consequências de seus atos e pensa somente em consumir a substancia que supre seu vício.
Por isso, um dos maiores erros cometidos é de não considerar a dependência como uma doença, e em muitos casos, por medo, preconceito ou até acomodação, as famílias demoram a tomar atitudes sérias em relação a esse problema.
Sendo assim, se você suspeita de algum ente querido que esteja usando essas substâncias, aprenda agora a identificar os sinais e encontrar maneiras eficientes para ajudá-lo. Portanto, confira as informações abaixo!
Como identificar os sinais de alerta antes da internação involuntária
Caso a família suspeite que um de seus integrantes esteja caindo nas armadilhas da dependência química, alguns sinais de alerta merecem atenção.
Sendo assim, os parentes mais próximos serão capazes de averiguar como a droga está afetando a rotina e a saúde mental de seu familiar. Portanto, alguns fatores podem demonstrar que a situação já está em um nível mais sério. Como:
1. Falta de comprometimento com antigas atividades
O usuário de drogas perde o interesse por atividades que antes lhe eram prazeroso, como o emprego e os estudos. Portanto, não existe mais dedicação, atenção ou comprometimento para nada que não seja o momento de usar a substância.
2. Alteração no relacionamento familiar
É comum que os usuários deixam de interagir com a família, não sentam mais a mesa para as refeições, nem comparecem nas festas familiares.
Desse modo, as relações em casa são afetadas ativamente, pois o usuário de drogas apresenta surtos de agressividade e paranoia constantemente.
3. Perda da vida social antes da internação involuntária
A rotina se resume em atividades que facilitam a busca e o acesso à droga. Dessa forma, compromissos e atividades sociais em que dificulte o uso do químico são veementemente evitados pelo indivíduo.
4. Qualquer motivo é desculpa para usar droga
A pessoa já não possui mais o mesmo nível de atenção, raciocínio e sente dificuldade em resolver os problemas comuns do dia a dia. Por isso, tudo vira uma desculpa para o uso indiscriminado da droga.
5. Não existe mais controle financeiro
O dependente químico geralmente alega estar com uma crise financeira ou com problemas no trabalho, isso ocorre, pois, com o constante gasto com drogas, ele perde o controle financeiro, e passa a inventar sempre desculpas para os seus gastos desenfreados.
6. Manipulação e pequenos furtos dentro de casa são comuns antes da internação involuntária
Para enganar a família e disfarçar o uso, o dependente passa a ser desonesto.
Portanto, passa a roubar pequenos objetos da casa, como roupas e peças pessoais são atitudes corriqueiras para um dependente, é um sinal de que roubos maiores existirão.
Vencendo medos, preconceitos e acomodações.
Caso o seu ente querido esteja demonstrando um ou mais dos sinais citados acima, provavelmente ele está precisando de auxílio profissional.
Entretanto, muitas famílias tornam-se resistentes a tomar uma atitude mais agressiva com relação ao quadro, por medo das grandes mudanças e responsabilidades que essa doença acarreta.
Nesse caso, é comum que a família do dependente despeje suas frustrações no doente e exijam dele coisas que simplesmente ele não consegue cumprir, piorando ainda mais o seu quadro.
Portanto, ao contrário do que muita gente pensa, é nesse momento que a família deve formar uma base compreensiva e acolhedora para o dependente químico e, junto dele, deve tentar seguir um caminho positivo, em que o bem-estar do doente é realmente levado em conta.
Saiba quais são os benefícios da internação involuntária
A internação involuntária em uma clínica de reabilitação é um tema complexo. Aqui estão alguns benefícios que alguns podem argumentar em favor desse tipo de intervenção:
1. Intervenção em casos de emergência: Em situações onde um indivíduo está em grave risco devido ao abuso de substâncias ou comportamentos autodestrutivos, a internação involuntária pode ser a única maneira de fornecer ajuda imediata e evitar danos maiores.
2. Quebra do ciclo de dependência: Para algumas pessoas, a internação involuntária pode ser um ponto de partida necessário para interromper o ciclo de abuso de substâncias ou comportamentos viciantes. Ao remover temporariamente a pessoa do ambiente em que a dependência se desenvolveu, ela pode ter a oportunidade de iniciar um processo de recuperação.
3. Supervisão e cuidados profissionais 24 horas por dia: Em uma clínica de reabilitação, os pacientes têm acesso a uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde que podem oferecer cuidados intensivos, incluindo monitoramento médico, apoio psicológico e terapias especializadas. Isso pode ser particularmente benéfico para pessoas que estão em situações de alto risco.
4. Acesso a tratamentos especializados: As clínicas de reabilitação geralmente oferecem uma variedade de tratamentos e terapias que podem não estar disponíveis para pessoas que não estão internadas. Isso pode incluir programas de desintoxicação supervisionados, terapia individual e em grupo, terapias alternativas e educação sobre dependência e saúde mental.
5. Ambiente estruturado e de suporte: A internação involuntária em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente estruturado e de suporte, onde os pacientes podem se concentrar exclusivamente em sua recuperação, sem as distrações e tentações do mundo exterior.
É importante notar, no entanto, que a internação involuntária também levanta preocupações éticas e de direitos humanos, e deve ser realizada apenas em casos de extrema necessidade, com o devido acompanhamento jurídico e respeito aos direitos individuais do paciente. Além disso, a eficácia desse tipo de intervenção pode variar dependendo das circunstâncias individuais de cada caso.
Tomando o passo definitivo: A internação involuntária
A família preocupada com a saúde de seu ente querido e esperançosa quanto ao tratamento, deve buscar serviços e profissionais que irão ajudar o dependente químico.
Em casos mais graves, a internação involuntária, ou seja, aquela em que o dependente é internado contra sua vontade pode ser a única solução viável para esse terrível quadro.
Desse modo, esse tipo de internação é previsto por lei e pode ser uma opção extremamente benéfica para o doente que se encontra além de suas capacidades mentais normais.
As Clínicas de reabilitação para dependentes químicos são equipadas com instalações que irão dar conforto, segurança e acolhimento ao doente, além de contarem com profissionais de várias áreas — psiquiatras, psicólogos, terapeutas, enfermeiros, entre outros — que irão, juntamente, liderar várias técnicas de estabilização da doença, que embora lentas, são altamente eficazes até para os quadros mais graves de dependência química, trazendo tranquilidade e confiança à família do doente.
Internação involuntária: Não é o que você pensa
Se você acredita que essa alternativa é desumana, agressiva e abusiva, está muito enganado. Essa pode ser a única opção para salvar uma pessoa amada, e é prevista pela Lei Federal 10.2016, de seis de abril de 2012 – lei que garante os direitos de que um dependente químico seja internado contra a vontade.
Porém, ao contrário da internação voluntária e compulsória, no caso das internações involuntárias, o dependente químico não enxerga a necessidade de um tratamento adequado para o seu vício. Mas sua família acredita ser a única solução.
Por isso, os familiares que possuem ligação consanguínea com o usuário, podem acionar esse tipo de internação, e assinar uma autorização para que aconteça.
Sendo assim, após a assinatura, um médico especialista examinará o dependente e emitirá um laudo comprovando a necessidade de uma internação involuntária para o caso. No geral, esse pedido é encaminhado para uma clínica particular ou uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
A internação involuntária: um olhar abrangente.
A internação involuntária é um tema complexo dentro do campo da saúde mental. Trata-se de um processo no qual um indivíduo é hospitalizado sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que indica a necessidade de tratamento psiquiátrico urgente.
Um dos principais argumentos a favor da internação involuntária é a proteção da vida e da segurança do paciente e daqueles ao seu redor. Em certas situações, indivíduos com doenças mentais graves podem apresentar comportamentos autodestrutivos ou serem uma ameaça para outras pessoas. Nessas circunstâncias, a internação involuntária pode ser vista como uma intervenção necessária para garantir a segurança e fornecer o tratamento adequado.
A internação involuntária deve ser uma medida de último recurso, aplicada somente quando todas as outras opções menos restritivas foram esgotadas. Além disso, é crucial que haja critérios claros e rigorosos para a realização desse tipo de internação, a fim de evitar abusos e proteger os direitos dos pacientes.
Outro ponto de debate relacionado à internação involuntária é a sua eficácia no tratamento das doenças mentais. Enquanto alguns defendem que a intervenção forçada pode ser benéfica para indivíduos que não têm consciência da gravidade de sua condição, outros argumentam que a abordagem pode causar traumas adicionais e piorar a saúde mental do paciente se a clínica não oferecer profissionais qualificados ao tratamento.
Para que a internação involuntária seja realmente eficaz, é fundamental que seja acompanhada de um tratamento adequado e de qualidade. Isso implica na disponibilidade de profissionais de saúde mental treinados, instalações apropriadas e abordagens terapêuticas baseadas em evidências. Além disso, é essencial que o tratamento seja individualizado, respeitando as necessidades específicas de cada paciente, e que existam mecanismos de revisão regular para avaliar a progressão e a necessidade contínua de internação.
É importante que a família saiba que existe leis claras e bem definidas que regulem esse tipo de internação, especificando os critérios para sua realização, a duração máxima permitida e os direitos dos pacientes durante o período de internação. Além disso, é fundamental que haja supervisão do familiar mensalmente e que a mesma receba prestação de contas para evitar abusos e garantir a proteção dos direitos humanos.
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