Consulta com psiquiatra: como convencer alguém a procurar ajuda?
Um dependente químico precisa de uma rede de apoio, força de vontade e estar cercado de bons profissionais no processo para se livrar de vez das drogas. A consulta com psiquiatra e acompanhamento desse profissional nesses casos é imprescindível, já que todas as fases do tratamento envolvem mudanças e sensações que o cérebro não está acostumado a ter.
Apesar de importante, é comum que as pessoas apresentem certa resistência para visitar um psiquiatra. Nesses momentos, é muito importante saber apoiar e explicar a necessidade de se ter um profissional desse tipo, principalmente durante o tratamento de dependência química.
A seguir, você vai entender quando é preciso consultar um psiquiatra e como convencer alguém a procurar esse tipo de ajuda.
Por que um psiquiatra?
A dependência química ocorre, em sua grande parte, no cérebro. É ele que envia ao corpo os sinais da falta da droga e que causa compulsão, abstinência, necessidade de sempre usar uma quantidade maior para que o efeito seja o mesmo e assim por diante.
O usuário de drogas, portanto, passa por um transtorno mental e que precisa de um profissional capacitado no acompanhamento. O psiquiatra, por sua vez, vai ajudar a entender o vício, os gatilhos que impulsionam o uso da droga naquela pessoa e, assim, prescrever um tratamento de acordo com as necessidades do paciente.
Quando procurar um psiquiatra?
Assim que o dependente químico toma consciência de sua situação, o primeiro passo é procurar um médico com essa especialidade. Contudo, é difícil que ele tome essa decisão sozinho, por ainda haver preconceito com esse tipo de profissional.
Nesse momento, o apoio da família e as palavras certas de encorajamento podem ajudar muito o dependente químico a tomar a decisão certa.
Como convencer alguém a fazer uma consulta com psiquiatra?
É muito importante ter paciência nesses momentos. O amor dos amigos e da família se faz por meio de gestos de compreensão e insistência na cura do dependente. A dica é convencê-lo, primeiro, de que precisa de ajuda para sair das drogas.
A seguir, você confere algumas dicas para encorajar um dependente a fazer uma consulta com psiquiatra.
Ajude a reconhecer o problema
O mais desafiador no início é trazer o usuário de drogas para a realidade de que precisa de ajuda. Nesse momento, o ideal é evitar conflitos e nunca abordar a pessoa enquanto ela estiver sob o efeito de entorpecentes, já que esse tipo de substância provoca a distorção da realidade e pode até desencadear comportamentos agressivos.
Além disso, é pouco provável que a pessoa se lembre do que foi falado enquanto estava sob o efeito de tais substâncias. A dica é abordá-la em situações em que ela estiver de bom humor e que não tenha consumido drogas. Uma conversa amigável sobre a perspectiva dela para o futuro, o que ela acha sobre o tratamento e se ela está disposta a mudar é um ótimo início.
Evite críticas
Para oferecer apoio integral ao dependente, é necessário se conter na hora de criticar. Lembre-se de que o usuário de drogas costuma ter uma autoestima baixa quando não está sob o efeito delas.
Qualquer crítica mal posicionada pode trazer o efeito contrário, ou seja, em vez de procurar ajuda e se apegar ao tratamento, a autoconfiança pode ficar abalada, tornando uma recaída muito possível.
Toda vez que tiver uma crítica, tente reverter para uma palavra de apoio e demonstre confiança.
Derrube o preconceito com o psiquiatra
Infelizmente, o estereótipo do psiquiatra é associado à loucura ou a problemas mentais mais severos. Entretanto, é preciso derrubar essa barreira de preconceito, já que esse profissional é muito mais do que isso, sendo responsável pela saúde mental.
Para ajudar um dependente a desconstruir a imagem negativa de um psiquiatra, lembre-o de que há vários tipos de especialidades médicas. Assim como há disfunções nos rins, estômago e coração, o cérebro também pode ter problemas que são puramente químicos.
O desequilíbrio da química cerebral nunca é culpa da pessoa, e é importante frisar isso. Com medicamentos e tratamento adequado, tudo fica balanceado, e tomar o controle de um vício pode ser muito mais fácil quando a mente está saudável.
Ofereça sua companhia para ir às consultas
A visita a um psiquiatra pode trazer insegurança e até medo do diagnóstico. Por isso, encoraje o dependente a visitar o profissional e ofereça sua companhia para ir até lá. Você não precisa entrar na consulta, mas só o fato de estar presente, ir até o local com a pessoa e acompanhá-la pode significar muito para ela.
Outra questão é a permanência no tratamento. Manter as consultas na frequência indicada pelo médico é fundamental para o sucesso do afastamento das drogas. Ajude o dependente a marcar os horários, cheque os retornos e sempre encoraje-o a enfrentar as inseguranças e comparecer às consultas de rotina.
Mostre exemplos de casos de sucesso
Quando você vai a uma clínica de reabilitação, é comum que quem trabalha ali tenha um exemplo de caso de sucesso para inspirar quem está em busca da cura. Nesse processo, frise a importância do profissional da medicina e procure depoimentos de quem passou por isso e, com ajuda médica, conseguiu se livrar do uso das drogas.
Não force demais
Se você está tentando fazer com que seu amigo ou familiar vá ao psiquiatra para começar um processo de independência das substâncias químicas, respeite o tempo da pessoa. Se você perceber que esse assunto ainda é um tabu ou que incomoda demais, dê um tempo.
Esteja sempre por perto oferecendo ajuda e apoiando, mas evite falar sobre o psiquiatra se isso ainda causar mal-estar. No tempo certo e ao se ver cercado de apoio, o dependente pode ficar mais maleável e aceitar a conversa melhor.
Convencer alguém a fazer uma consulta com psiquiatra pode ser um desafio, já que esse profissional ainda sofre preconceito e causa até certo medo, mas lembre-se de que o companheirismo e o amor são fundamentais para, aos poucos, convencer o dependente de que cada etapa do processo é essencial para uma vida mais plena e com muito mais qualidade no futuro, longe das drogas.
Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória
A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.
1- Internação Voluntária:
A internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.
- Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.
- Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.
2- Internação Involuntária:
A internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.
- Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.
- Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.
3- Internação Compulsória:
A internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.
- Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.
- Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.
Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.
Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:
O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:
- Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: O auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
- Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
- Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
- Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
- Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego.
Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.
Benefícios da Internação
A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:
Ambiente Controlado e Seguro:
Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.
Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.
Tratamento Multidisciplinar e Personalizado:
As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.
Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.
Desintoxicação Segura e Supervisionada:
Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.
Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.
Aprendizado de Habilidades para a Vida:
- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.
- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.
Suporte Emocional e Social:
- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.
Prevenção de Recaídas:
- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.
- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.
Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias.
Psiquiatras e psicólogos são fundamentais no tratamento contra as drogas. Confira aqui quando visitar um psicólogo antes de partir para a internação.
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