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Entenda a relação entre distúrbios alimentares e uso de drogas

Entenda a relação entre distúrbios alimentares e uso de drogas

Já não é de hoje que vemos diariamente, tanto na realidade quanto na ficção, o quanto muitas pessoas sofrem pelas imposições feitas acerca do modelo ideal de beleza. Para se encaixarem no que é tido como padrão, muitos jovens, especialmente do sexo feminino, restringem drasticamente a alimentação, o que causa grandes transtornos não só ao corpo, mas também à mente.

Diante dessa contenção severa de alimentos, várias pessoas que passam por esse problema fazem do álcool e das drogas sua válvula de escape. Alguns bebem para se acalmar e não comer; outros não comem durante todo o dia por terem exagerado na bebida, com a finalidade de equilibrar as calorias; outros, ainda, utilizam drogas para inibir o apetite e, com isso, emagrecer. Entenda como as drogas podem levar aos distúrbios alimentares, e vice-versa.

O que são distúrbios alimentares e quais são as causas?

Esses tipos de distúrbios são hábitos alimentares que levam uma pessoa ao extremo, como não comer nada ou comer demais e utilizar recursos para retirar a comida do corpo por culpa da ingestão e medo de engordar. Isso pode provocar consequências psicológicas graves, como ansiedade, depressão, baixa autoestima, entre outros.

São conhecidos, também, como transtornos alimentares, cujo surgimento é mais comum na adolescência e no início da fase adulta. Geralmente, esses distúrbios são causados pela pressão psicológica imposta pela sociedade e pela mídia para o culto do corpo perfeito e por problemas emocionais. No Brasil, esse tipo de doença atinge 4,7% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Também podemos entender os distúrbios alimentares como um conjunto de enfermidades psíquicas, que podem ter origem tanto genética quanto hereditária, psicológica e social, devido à pressão que citamos anteriormente. E, mesmo que a incidência seja maior em meninas jovens, há indícios de meninos da mesma faixa etária que também sofrem com o problema.

Quais são os sintomas e as doenças relacionados a esses distúrbios?

Para quem sofre com esses transtornos, o que deveria ser um momento de muito prazer, como é apreciar uma boa refeição, torna-se um verdadeiro pesadelo. Entre os sintomas, podem ser observados o mal-estar e a culpa provocados pela sensação de que vão engordar. Por isso, a pessoa tende a descartar, por meio do vômito forçado, o alimento ingerido. Entenda sobre as doenças mais associadas aos transtornos e conheça seus sinais.

Anorexia nervosa

A anorexia está entre os problemas alimentares mais conhecidos, sendo, inclusive, o que apresenta maior taxa de mortalidade. Caracteriza-se pela distorção de como o paciente enxerga o próprio corpo e pelo medo de engordar. Com isso, pessoas muito magras passam a se ver gordas diante do espelho e dias inteiros sem ingerir nenhum tipo de alimento com medo de ganhar peso. Essa enfermidade representa grandes chances de suicídio entre os jovens.

Pessoas anoréxicas também costumam exagerar na atividade física e utilizar diuréticos e laxantes para eliminar a comida do corpo rapidamente. Além disso, apresentam sintomas como gastrite, pele seca e descamada, anemia, desregulação do ciclo menstrual e hipotermia – que é a diminuição severa da temperatura do corpo.

Bulimia nervosa

Ao contrário da anorexia, o paciente que sofre de bulimia nervosa come em excesso, mesmo sem fome, e, assim, culpa-se e força vômitos para eliminar a comida. As pessoas que têm essa doença passam semanas e, nos momentos de crises mais intensas, até dias inteiros comendo e forçando a saída de tudo que ingeriram.

Entre os sintomas, estão: dor e inflamação na garganta; inchaço na região da mandíbula e do pescoço; desidratação grave; irritação ou infecção intestinal e erosão do esmalte dos dentes – pois, ao vomitar, liberam ácidos do estômago, e, como o processo é feito diversas vezes, a saúde dos dentes acaba sendo prejudicada.

TCA - Transtorno por compulsão alimentar

Outra doença que faz parte dos distúrbios alimentares mais comuns entre a população está o transtorno por compulsão alimentar. Essa anomalia é causada pela perda do controle sobre os alimentos, provocando o consumo exagerado, ao contrário da anorexia. Com isso, os pacientes podem engordar muito e ter doenças cardíacas e pressão arterial elevada por conta do acúmulo de nutrientes no organismo.

Entre os principais sintomas do TCA, estão: o sobrepeso, a obesidade, a culpa por ter comido em excesso (mesmo que isso não o faça querer eliminar os alimentos), a vergonha do próprio corpo, a ansiedade e depressão. Nesses casos, o acompanhamento com nutricionista e psicológico faz parte do tratamento indicado.

Como as drogas se relacionam com o problema?

Percebeu como todas essas doenças têm um aspecto emocional por trás? A obsessão pela magreza e o culto ao corpo perfeito são mecanismos que desencadeiam uma série de problemas psicológicos. A comida, muitas vezes, é a válvula de escape ou o empecilho para que essas pessoas travem verdadeiras batalhas com o corpo.

Por isso, elas procuram refúgios, como o álcool, para se sentirem relaxadas e menos ansiosas, e até drogas ilícitas, como a cocaína e metanfetamina, para inibirem o apetite. Essa é uma forma de esses pacientes anestesiarem o emocional, uma maneira de escaparem para não terem de enfrentar os problemas.

No caso da anorexia, por exemplo, os jovens, mesmo evitando o consumo de qualquer substância, podem utilizar certas quantidades de álcool para atenuar a ansiedade de comer e, consequentemente, engordar. Todos esses problemas provocam sérios danos à saúde dos pacientes de forma geral, podendo levar, inclusive, à morte causada pela desnutrição ou pelo suicídio, em casos extremos.

Como tratamentos para essas enfermidades, o apoio da família ocupa o primeiro lugar. Nesses momentos, contar com o carinho, a força e o incentivo dos pais, parentes e amigos faz muita diferença para que o paciente consiga conscientizar-se do problema e aceite os próximos tratamentos de forma voluntária, sem a necessidade da intervenção da família.

Por fim, o acompanhamento médico, psicológico, com nutricionistas ou nutrólogos, aliado a outros possíveis recursos terapêuticos, é indicado para pacientes que enfrentam distúrbios alimentares e abuso de drogas. Para os casos mais severos, ainda assim, a internação em clínicas de recuperação pode ser uma saída viável para a família.

Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória 
 

A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.  

 

1- Internação Voluntária:  

internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.  
  • Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.  
  • Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.  
     
     

2- Internação Involuntária:  

internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.  
  • Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.  
  • Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.  
     
     

3- Internação Compulsória:  

internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.  
  • Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.  
  • Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.  
     
     

Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.  

  

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:  

O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:   
 

  1. Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
     
     
  2. Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
     
     
  3. Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
     
     
  4. Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
     
     
  5. Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego. 

    

Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.   

  

Benefícios da Internação  

A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:  

  

Ambiente Controlado e Seguro: 

Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.  

Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.  

  

Tratamento Multidisciplinar e Personalizado: 

As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.  

Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.  

  
  

Desintoxicação Segura e Supervisionada: 

Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.  

Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.  

   

Aprendizado de Habilidades para a Vida: 

- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.  

- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.  

   

  

Suporte Emocional e Social: 

- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.  

- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.  

  

Prevenção de Recaídas: 

  

- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.  

- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.  

Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias. 

 

Aproveite para entender mais sobre um problema que está muito relacionado ao tema deste post, que é a anorexia alcoólica! Não deixe de conferir!

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