Meu filho é viciado em remédios: e agora?
Os tipos de vícios são incontáveis: é possível ficar dependente até de substâncias que, supostamente, são para fazer o bem. É o caso do viciado em remédios, que precisa de monitoramento e cuidado, tanto como qualquer outra pessoa que tem problemas com outras drogas.
Neste post, você vai conhecer mais sobre esse tipo de vício, saber quais são as suas causas principais e como buscar ajuda para evitar consequências sérias que a dependência de medicamento pode trazer, inclusive a overdose. Continue a leitura e veja como ajudar seu filho a superar esse problema.
Como começa o vício?
Com certeza você já viu essa cena antes: um conhecido, ou até você, sente uma forte dor de cabeça, vai até à caixa de remédios, que fica em casa mesmo, e pega um analgésico. No outro dia, se ela atacar de novo, outro medicamento é ingerido.
As pessoas que têm predileção ao vício ou que estão vulneráveis precisam ter consciência de que tal atitude já é um começo para entrar com tudo na dependência. Normalmente, quem é viciado procura uma fuga para seus problemas. Nesse caso, o remédio — ao qual essa pessoa tem fácil acesso — pode se tornar um inimigo dela e de sua família.
Sabe reconhecer os sinais do viciado em remédio?
De um remédio para dor de cabeça até medicações provenientes de anfetaminas, sedativos, entre outros, todos podem causar dependência química. Veja como encontrar sinais do uso desses produtos em seus filhos.
Irritabilidade em excesso
As mudanças hormonais que ocorrem na adolescência geram irritabilidade, tanto em mulheres quanto nos homens. No entanto, se vier acompanhada do uso de drogas, foge à normalidade. Eles se tornam muito mais agressivos, inclusive quando não conseguem consumir a droga, pois entram em estado de abstinência. Tendem a se afastar da família para que seu consumo não seja questionado.
Consumo de remédios
Na adolescência, os jovens estão suscetíveis a experimentar de tudo, como se fosse um teste para saber qual “barato” dá. O kit de primeiros socorros que existe na casa se torna fonte de consumo. Diazepam, xaropes e analgésicos se tornam opções para se drogarem. Verifique se os medicamentos não estão desaparecendo de sua casa, sem motivos.
Irresponsabilidade
A droga proporciona um mundo ilusório de muito entretenimento. O jovem troca os estudos, o trabalho e outros compromissos para viver na diversão. O rendimento da escola cai e deixar de praticar tarefas de que tanto gostava e de conviver com pessoas tão amigas são também indícios de consumo de drogas.
Compras exageradas
O filho ou a filha gastam além do normal e começam a aparecer com produtos novos em casa, outras roupas, além de frequentar lugares mais caros. Fique atento para perceber se objetos começarem a desaparecer de dentro de casa. O vício leva a uma escalada de roubo, tráfico e até a prostituição para sustentar o consumo.
Quais os sintomas da dependência de remédios?
Depois das mudanças de comportamento, você pode avaliar os sintomas apresentados pelos dependentes como:
- vontade incontrolável de usar a substância a todo momento para manter a sensação obtida por mais tempo ao longo do dia;
- perda de controle no consumo, mesmo querendo parar, não consegue;
- aumento da tolerância da substância pelo organismo, necessitando de doses maiores para obter o efeito tão esperado;
- a pessoa começa a sentir-se mal, ter angústia, inquietude, taquicardia, sudorese, alteração de temperatura, falta de ar, vertigens, cólicas intestinais, dores de estomago etc., se não consumir a droga, devido ao estado de abstinência.
Você sabe mesmo sobre a gravidade da automedicação?
Uma pesquisa feita pelo ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade) mostrou que 76,4% da população brasileira consomem remédios por indicação de amigos ou da família. Desse total, 40% têm o hábito de se autodiagnosticar, por meio de pesquisas feitas pela internet.
Embora seja comum entre os brasileiros, a automedicação é uma prática bastante perigosa. Os problemas que podem aparecer são inúmeros: alergia a algum componente do remédio, intoxicação por consumo exagerado, interação medicamentosa com outro remédio que pode causar problemas graves quando usado em conjunto, entre outros problemas relacionados ao próprio vício.
Quais são os medicamentos mais perigosos?
Existem algumas categorias de medicamentos que podem ser mais suscetíveis ao vício. Remédios que contenham paracetamol, dipirona e ácido acetilsalicílico, por exemplo, podem viciar devido ao consumo frequente, já que são ingeridos com facilidade no caso de dores de cabeça e nas costas.
Outro tipo de medicamento que precisa ter acompanhamento médico rigoroso são os calmantes. Antidepressivos, ansiolíticos e outros remédios dessa linha, que atuam no sistema nervoso, podem conter uma formulação que facilita o vício. Mesmo que a receita médica seja exigida para comprá-los, muitas pessoas burlam o documento e conseguem autorização para ter acesso a eles.
Quando acompanhada por um médico, a prescrição desse tipo de medicamento é segura. Isso porque, chegando o momento de parar com a medicação, o profissional vai retirá-la aos poucos, para que o corpo não sinta falta, o que não acontece com quem utiliza esses remédios sem orientação médica.
Como ajudar um viciado em remédios?
Como já mencionamos, o dependente de remédios precisa ser tratado como um viciado em qualquer outra droga. Sendo assim, após a detecção do problema, é fundamental pedir ajuda a um profissional.
Avalie uma possível internação
Se for necessário, o indivíduo pode ser internado e passar por desintoxicação em uma clínica de recuperação qualificada, que oferecerá todo suporte necessário para o sucesso do tratamento. Além disso, é essencial contar com a ajuda de profissionais como psiquiatras e psicólogos para que possam realizar a terapia específica para cada caso.
Conforme o grau de consumo dos remédios e da dependência, a internação pode durar de 30 a 360 dias. Será um período difícil para o dependente, que enfrentará crises de abstinência com possíveis febres, tonturas, vômitos, tremores, alucinações, delírios etc. O acompanhamento constante e o apoio da família são imprescindíveis durante todo o tratamento.
As clínicas de recuperação permitem e recomendam que os familiares e amigos façam visitas para ajudar o dependente a reconstruir sua afetividade, sentindo-se amado e importante para as pessoas do seu convívio.
Após a sua alta, precisará de acompanhamento multidisciplinar com os Narcóticos Anônimos ou Alcoólicos Anônimos, psiquiatra, psicólogo e ajuda espiritual. Além do dependente, a família também deve frequentar um terapeuta para aprender a lidar com a nova situação e com a pessoa ex-dependente. É um trabalho complexo em prol de um recomeço de vida por parte de todos os envolvidos.
É muito importante saber diferenciar o vício do uso de medicamentos, mas também devemos estar cientes de que a automedicação é perigosa para qualquer pessoa, não somente para aquelas que têm uma predileção à dependência. O viciado em remédios precisa de tratamento e seu vício merece ser levado a sério.
Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória
A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.
1- Internação Voluntária:
A internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.
- Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.
- Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.
2- Internação Involuntária:
A internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.
- Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.
- Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.
3- Internação Compulsória:
A internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.
- Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.
- Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.
Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.
Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:
O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:
- Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: O auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
- Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
- Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
- Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
- Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego.
Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.
Benefícios da Internação
A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:
Ambiente Controlado e Seguro:
Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.
Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.
Tratamento Multidisciplinar e Personalizado:
As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.
Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.
Desintoxicação Segura e Supervisionada:
Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.
Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.
Aprendizado de Habilidades para a Vida:
- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.
- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.
Suporte Emocional e Social:
- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.
Prevenção de Recaídas:
- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.
- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.
Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias.
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