(11) 97522-6386

Mito ou verdade: afinal, dependência química é hereditária?

Mito ou verdade: afinal, dependência química é hereditária?

Ter um dependente químico na família é uma questão que afeta além do usuário de drogas e levanta o questionamento se a dependência química é hereditária. Muitos estudos são feitos por cientistas e médicos em todo o mundo para identificar o que é verdade e o que é mito na relação das drogas com a herança genética.

O tema é curioso, um tanto polêmico e muito pertinente para familiares que convivem com pessoas que usam substâncias químicas frequentemente. Confira, neste post, o que dizem as principais pesquisas sobre a questão e esclareça de vez suas dúvidas sobre uma possível predisposição genética na família relacionada ao consumo de drogas.

Então, dependência química é hereditária?

Existem estudos realizados sobre as mais diferentes drogas, seus efeitos e possíveis contribuições na composição genética de quem é dependente químico e como isso é passado para seus filhos.

Na maior parte das análises realizadas, fica evidenciada a possível predisposição hereditária à dependência química. Principalmente em pesquisas sobre drogas mais pesadas, como o crack, até as mais sociáveis, como o álcool, a genética é citada como uma possível causa para que o uso de substâncias químicas seja replicada na família. Vamos aos fatos!

Existem genes específicos para a dependência de drogas?

Em partes. Não há genes que identifiquem comprovadamente de forma única e exclusiva a dependência, mas muitos estudos giram em torno dessa temática e já estão levantando muitas hipóteses.

Em um artigo escrito pelo médico Guilherme Peres Messas, ele explica que a transmissão genética da dependência alcoólica, por exemplo, sofre impactos da personalidade e das reações aos efeitos da droga sentidas pelo indivíduo. Ou seja, é provável que o gene passe por transformações ocasionadas por outros fatores e isso se chama de desenvolvimento epigenético.

Por exemplo, se uma pessoa tem uma mutação genética que a deixe mais vulnerável ao consumo de drogas e estiver inserida em um ambiente com usuários e com relações sociais e familiares desestruturadas, a probabilidade de desenvolver a dependência é potencializada.

Nesse caso, a predisposição genética não é fator que define se a pessoa será ou não dependente químico. Mas tudo leva a crer que contribui significativamente.

O alcoolismo é uma doença de causa hereditária?

Em partes. Segundo dados apresentados por Ana Lúcia Brunialti Godards, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Minas Gerais, o álcool é a droga que, atualmente, dispõe de mais estudos que abordam esses fatores. Ainda, ela esclarece que, com base no que se tem detectado em pesquisas, 50% das chances de dependência alcoólica está relacionada à genética e 50% ao ambiente.

Sobre o álcool, o médico Guilherme Peres Messas diz que no estudo foi constatado um aumento de três a quatro vezes de casos de alcoolismo em parentes de primeiro grau de dependentes da substância.

Falando ainda sobre o álcool, a associação do consumo da substância com a hereditariedade tem espaço em pesquisas desde o final da década de 1990, o que impulsiona para que os tratamentos com dependentes tenham melhores resultados no futuro.

A dependência da cocaína, assim como a do álcool, apresenta relação com a hereditariedade?

Verdade. Uma análise desenvolvida por cientistas chineses feita com camundongos demonstrou que os animais interessados na substância química tiveram filhotes mais vulneráveis ao vício da droga.

Em humanos, outros estudos relacionam o uso da cocaína durante a gravidez com filhos que apresentam défice de atenção, hiperatividade e dificuldades em aprender. Quando o consumo é feito pelo pai, pode ocasionar ansiedade, falta de memória, além do défice de atenção, também apontado pelo uso materno.

As pesquisas têm como objetivo avaliar se a dependência química é hereditária para direcionar da melhor forma os possíveis tratamentos e medicações utilizadas nesse processo.

E o consumo de maconha, também pode ter influência hereditária?

Em partes. Na pesquisa publicada em 2016, pela revista Jama Psychiatry, foram indicados genes que facilitam a dependência de maconha e também ocasionam um tipo de transtorno, chamado de transtorno depressivo maior (TDM). Ainda, os usuários da droga apresentam maior vulnerabilidade para esquizofrenia.

Existem diferenças entre os sexos quando o assunto é dependência por fatores hereditários?

Em partes, pois essa questão está em estudo. Em uma pesquisa feita pela Universidade de Washington, foram avaliadas as características relacionadas à transmissão familiar da dependência química. Na ocasião, foram submetidos à pesquisa mais de mil dependentes químicos.

O resultado apontou que, em média, 50% dos filhos de sexo masculino e 25% do sexo feminino de pais dependentes de álcool eram viciados na mesma droga.

Existem outros fatores, além da hereditariedade, que influenciam no uso de drogas?

Verdade. A hereditariedade ainda é um assunto que está em plena discussão e pesquisa por estudiosos de diferentes países. Muitas probabilidades e testes vêm sendo feitos para que os tratamentos de dependência química sejam mais efetivos.

O histórico familiar é um ponto muito importante a ser observado quando o assunto sobre dependência química ganha espaço. A família influencia, além das possíveis questões hereditárias, na questão de como as pessoas foram criadas e o que armazenam como padrões.

A exposição em idade precoce também é um fator muito relevante para ocasionar a dependência, além dos aspectos do meio no qual o indivíduo vive. Casos que são facilmente assistidos em famílias brasileiras, como violência doméstica e desestruturação familiar, tracionam o uso de drogas.

Outro fator que não pode deixar de ser citado é o desencadeamento provocado por transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade.

Além das hipóteses sobre hereditariedade, o convívio familiar pode incentivar a dependência química?

Verdade. A questão se encaixa nos fatores ambientais quando a questão da dependência química é investigada. As correlações feitas por filhos com o prazer sentido pelos pais ao consumir drogas, como o álcool, podem ser absorvidas e encaradas como padrão de normalidade.

Vale lembrar que, segundo a Organização Mundial da Saúde, em torno de 6% das mortes no mundo está relacionada, de alguma forma, ao consumo excessivo de bebida alcoólica.

Como você pode perceber, a questão se a dependência química é hereditária ou não é um tema amplamente discutido por muitos profissionais, médicos e cientistas. E os direcionamentos levam a crer que sim: existe relação entre a genética e a dependência de algumas drogas.

Ainda, é importante ressaltar que o ambiente familiar também pode influenciar no uso de substâncias, por isso um convívio saudável e harmonioso entre familiares é fundamental.

Se você quer saber mais sobre dependência química e seus fatores, entre em contato com a Viver sem Drogas e receba todas as orientações que você precisa.

Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória 
 

A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.  

 

1- Internação Voluntária:  

internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.  
  • Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.  
  • Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.  
     
     

2- Internação Involuntária:  

internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.  
  • Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.  
  • Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.  
     
     

3- Internação Compulsória:  

internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.  
  • Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.  
  • Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.  
     
     

Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.  

  

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:  

O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:   
 

  1. Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
     
     
  2. Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
     
     
  3. Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
     
     
  4. Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
     
     
  5. Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego. 

    

Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.   

  

Benefícios da Internação  

A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:  

  

Ambiente Controlado e Seguro: 

Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.  

Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.  

  

Tratamento Multidisciplinar e Personalizado: 

As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.  

Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.  

  
  

Desintoxicação Segura e Supervisionada: 

Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.  

Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.  

   

Aprendizado de Habilidades para a Vida: 

- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.  

- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.  

   

  

Suporte Emocional e Social: 

- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.  

- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.  

  

Prevenção de Recaídas: 

  

- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.  

- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.  

Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias. 

 

Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais!

Pra conversar com um especialista clique aqui! 

As informações do post foram úteis? Se você tem algum caso de dependência química na família ou desconfia disso, temos uma infinidade de materiais para auxiliá-lo. Para isso, siga nosso FacebookTwitter, e LinkedIn e tenha acesso a outros conteúdos que possam ajudar.

Este site usa cookies do Google para fornecer serviços e analisar tráfego.Saiba mais.