Sintomas do crack: entenda como a droga afeta o organismo
O crack está afetando sua vida de alguma forma? Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) existem 370 mil usuários de crack nas capitais do Brasil. O alto consumo já se tornou problema de saúde pública, por isso é importante estar atento aos sintomas do crack para ajudar dependentes químicos ou até mesmo você.
O crack foi introduzido no mercado no fim dos anos 70, expandindo-se entre as décadas de 80 e 90. Seus consumidores buscavam por drogas mais potentes na época.
Com custo barato e de efeito rápido, qualquer pessoa pode comprá-lo, o que leva, inclusive, ao vício rapidamente. Entenda seus sintomas e impactos na vida do dependente químico e de seus familiares para que possa buscar por ajuda qualificada.
O que é o crack?
O crack é derivado da pasta-base de cocaína (planta chamada Erythroxylon coca) refinada, que é misturada com bicarbonato de sódio e água em sua forma original. Mas há uma falsificação em que são acrescentados cimento, cal, querosene e acetona.
Quando o crack é aquecido, a parte líquida se separa da sólida e essa é transformada em pedras. Quando ela está quente, faz barulho de estouro, por isso levou o nome de crack. Fumada num cachimbo de metal, pode ser absorvida quase 100% pelo organismo. Por ir direto para os pulmões, seu poder de ação é intensificado.
Quais os sintomas do crack?
O crack atinge o organismo por inteiro: sistema nervoso, rins, coração, pulmões, aparelho digestivo, pele, a parte emocional etc. A pessoa que se torna dependente da droga deixa de comer e de dormir, entrando num quadro de desnutrição em que pode perder até 10 quilos por mês. E mais: o crack torna-se tão importante a ponto de ela não fazer mais sua higiene básica e cuidar da aparência.
Seu consumo, dependendo da pessoa, pode provocar dores de cabeça, tonturas e inflamações nos vasos cerebrais, isso na área neurológica. Como atinge o sistema nervoso central, estimula a atividade cerebral, dando a sensação de autoconfiança e muita inteligência, colocando a pessoa em diversas situações de risco.
No aparelho respiratório, a fumaça do crack ataca a laringe, traqueia e brônquios, provocando tosse, dor no peito, falta de ar e escarro com sangue, aumentando a chance de se desenvolver pneumonia ou tuberculose.
Ao inalar a fumaça é liberado o hormônio da adrenalina, que aumenta a frequência cardíaca, pressão arterial, provoca arritmia, isquemia e até infarto agudo do miocárdio. Além da perda de apetite, como citado, o crack traz náusea, flatulência, dor abdominal e diarreia.
As alucinações não ocorrem somente na hora do "barato", após ele podem surgir quadros de delírio e paranoias graves, levando a pessoa até mesmo a tenta suicídio. Outro órgão atingido é a pele, que vive com queimaduras na boca e nas mãos por causa do cachimbo.
Como o crack afeta os familiares?
Situação pouco abordada pela mídia, a droga não atinge somente o dependente químico, mas sua família e demais relacionamentos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad), 5,7% dos brasileiros são dependentes de álcool/maconha e/ou cocaína, o que representa mais de 8 milhões de pessoas. Ela ainda indica que pelo menos 28 milhões de brasileiros tem algum parente dependente.
O estudo foi divulgado em 2013 e é o que se tem de mais recente quanto ao Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), direcionado pelo Inpad.
Os familiares precisam do suporte necessário e qualificado para lidar com pessoas que usam drogas dentro dos seus lares; e para saber como evitar e reduzir a violência doméstica e o desenvolvimento de problemas emocionais. Programas governamentais, nesse sentido, são bastante escassos.
Com isso, 8% dos familiares ficam expostos ao consumo de drogas, o que afeta crianças que vivem no mesmo ambiente. Mesmo que as unidades escolares tratem sobre a prevenção ao uso de drogas e violência, os pais são os maiores agentes nessa luta. E quando o problema já está instalado?
Como há falhas governamentais para oferecer o tratamento familiar adequado, o indicado é buscar por grupos de autoajuda, como Alcoólicos Anônimos, Amor Exigente e Narcóticos Anônimos, que darão o suporte correto.
Como é o tratamento do dependente químico?
O dependente químico, quando é internado em uma clínica de tratamento, inicia sua desintoxicação, que consiste na retirada do crack com o uso de remédios para controlar a abstinência. Os médicos fazem o monitoramento do paciente conforme os sintomas apresentados, pois alguns têm mudança de humor, muita agitação, ansiedade, dores físicas e psicológicas.
O tempo da desintoxicação varia conforme a quantidade e tempo de uso do crack. Se o paciente usava doses muito altas, a abstinência será aguda. Por isso, o acompanhamento é imprescindível.
Depois dessa fase difícil para o dependente, começa um tratamento com assistência multiprofissional para que ele possa resgatar sua autoestima, dignidade, segurança, entre outras coisas importantes. Ainda usando medicamentos para evitar transtornos de ansiedade e depressão é realizada a fisioterapia cerebral para que se treine os registros das informações, pois o crack deixa lesões sérias no cérebro.
Outra técnica conhecida é o tratamento de contingência, que premia o paciente quando ele atinge metas estipuladas pelo médico ou pela equipe multidisciplinar. No tratamento comportamental, cada dependente responde no seu tempo, por isso são realizadas metodologias de recuperação da capacidade cognitiva.
O processo de tratamento de um dependente internado varia de 28 dias até um ano, de acordo com o caso.
Esperamos ter esclarecido quanto aos principais sintomas do crack e seus malefícios. Para isso, foi explicado sobre a composição do crack para entender como ele vicia, bem como os órgãos que são mais afetados e o que causa em cada um deles. Um detalhe importante é que o crack não adoece somente seu usuário, mas prejudica também seus familiares. Nesse sentido, mostramos estatísticas quanto à extensão do problema e onde buscar ajuda. Por fim, as formas de tratamento.
Como você deve estar enfrentando esse problema, seja como dependente seja com algum familiar, procure conhecer mais a respeito das clínicas de tratamento para o crack. Se informar já é um passo importante no caminho para a solução.
Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória
A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.
1- Internação Voluntária:
A internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.
- Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.
- Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.
2- Internação Involuntária:
A internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.
- Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.
- Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.
3- Internação Compulsória:
A internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.
- Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.
- Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.
Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.
Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:
O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:
- Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: O auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
- Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
- Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
- Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
- Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego.
Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.
Benefícios da Internação
A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:
Ambiente Controlado e Seguro:
Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.
Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.
Tratamento Multidisciplinar e Personalizado:
As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.
Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.
Desintoxicação Segura e Supervisionada:
Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.
Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.
Aprendizado de Habilidades para a Vida:
- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.
- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.
Suporte Emocional e Social:
- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.
Prevenção de Recaídas:
- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.
- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.
Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias.
Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais!
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