Quanto tempo dura um tratamento para dependente químico?
A organização Mundial da Saúde (OMS) considera a dependência química uma doença crônica e também um grave problema social. Por isso, falar sobre o tratamento para dependente químico é extremamente importante.
É uma patologia com uma evolução específica e que traz problemas significativos, afetando a relação familiar, social e profissional, acarretando ao indivíduo um profundo sofrimento físico e emocional.
Mas apesar de tudo isso, existe tratamento para dependente químico.
Sendo assim, a dependência química leva a pessoa a uma sucessiva mudança de comportamento, gerando uma adaptação à doença com a intenção de proteger o uso da droga.
Além disso, a falta de acolhimento gerada pelo isolamento da família e da sociedade faz com que o dependente não procure apoio.
Dessa forma, é preciso identificar o perfil do usuário. Isso vai ajudar na recuperação, além de ser fundamental para poder traçar estratégias de tratamento para o dependente químico.
Portanto, a intervenção vai depender da boa vontade em parar de usar a droga e de se manter em abstinência.
Continue lendo o post e entenda quanto tempo dura o tratamento, quais são os fatores que determinam esse período e os sintomas que o paciente pode ter em cada fase do processo!
Qual a duração do tratamento para dependente químico?
Como você pôde ver, a dependência química é uma doença que precisa de muita atenção e, por isso, é importante que os usuários tenham apoio especializado.
O período de internação ou a duração média de tratamento é de 150 a 180 dias.
Além do mais, também é necessário verificar as características pessoais de cada dependente, assim como a sua evolução em cada uma das seguintes fases:
1. Apoio e acolhimento como tratamento para dependente químico
Na primeira etapa de acolhimento, o dependente passa por avaliações clínicas e psicológicas iniciais a fim de adequar medidas terapêuticas e cuidados gerais.
Desse modo, considerada uma fase essencial na conscientização inicial do tratamento, nesse momento são feitas entrevistas com o responsável e familiares.
Dessa forma, são avaliadas as condições psicológicas e clínicas, com os exames necessários, conforme avaliação médica, para diagnóstico com adequação medicamentosa.
2. Processo de abstinência
A segunda etapa dessa fase envolve a interação do dependente com as rotinas e o processo de abstinência.
Além disso, é nesse período também que o dependente manifesta queixas constantes e o momento em que seu organismo apresenta grande necessidade do uso de substâncias químicas.
Paralelamente a isso, acontecem as visitas de familiares, que são orientados a fim de fortalecer o tratamento psicológico, a motivação pessoal e a expectativa quanto ao desenrolar de todas as fases.
Principais sintomas nessa etapa
Entre os sintomas desse período estão: cansaço, vômitos, vontade de usar drogas, alterações extremas do humor, redução do apetite, dificuldade no raciocínio, atitude negativa e reduzida resistência física à dor.
3. Desintoxicação como tratamento para dependente químico
Nesse estágio, o dependente passa pela fase de abstinência e desintoxicação, voltando-se à verdadeira aceitação do tratamento.
As condições psicológicas estão mais favoráveis ao entendimento entre o profissional e o dependente, trazendo a oportunidade de estruturação dos desvios de conduta e comportamento do paciente.
A etapa compreende a aplicação dos primeiros medicamentos para minimizar os sintomas recorrentes da paralisação do uso de drogas e iniciar um tratamento de "limpeza" do organismo.
Principais sintomas nessa etapa
Os sintomas dessa fase incluem comportamentos impulsivos, questionamento da necessidade de monitoramento e apoio para a sua abstinência a longo prazo.
Surgem novos ideais e valores, constando também o conflito entre os fundamentos da recuperação e a necessidade das relações.
4. Acompanhamento psicoterapêutico
Nessa fase iniciam-se diversas análises de profissionais para acompanhar a evolução do paciente junto ao tratamento.
Sessões de conversas individuais e em grupos compõem o processo, que é de suma importância para definir o plano de terapias a ser aplicado e que apresente melhores resultados.
É essencial que essa etapa seja acompanhada e tenha total apoio de familiares e pessoas próximas ao paciente. Dentre alguns procedimentos terapêuticos, destacamos os abaixo:
Anamnese
Esse termo se refere a uma entrevista entre o paciente e o profissional de saúde, no intuito de dar início ao diagnóstico por meio de lembranças relacionadas ao uso de drogas e à dependência por parte do usuário. Algumas características comuns desse procedimento são:
- Estabelece uma relação entre o profissional e o paciente;
- Obtém os elementos essenciais do histórico clínico do paciente;
- Aprofunda o conhecimento de fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados à saúde;
- Ajuda a definir as estratégias de tratamento.
Psicoterapias são uma forma de tratamento para dependente químico
Esse procedimento pode ser realizado tanto individualmente como em grupos.
No primeiro caso é indicado para situações mais complexas, nas quais, de alguma forma, o paciente demonstre dificuldades ou comportamentos inadequados em grupos.
O segundo caso permite ao dependente mais contatos interpessoais e compartilha experiências com outras pessoas com problemas semelhantes.
A psicoterapia atua, principalmente, em atividades com a finalidade de combater a ansiedade, a depressão e permitir a reintegração social do paciente.
5. Atividades físicas e nutrição
Durante o tratamento para dependente químico, a prática de algumas atividades saudáveis como exercícios físicos, esportes e uma boa dieta, são excelentes aliados do processo de desintoxicação do organismo, assim como do psicológico do internado.
Por isso, diversas clínicas e profissionais indicam essa mudança de hábitos como parte complementar do tratamento.
6. Laborterapia
Ociosidade pode ser uma grande inimiga da dependência química.
Portanto, o paciente precisa se ocupar e até desenvolver habilidades durante a internação.
A laborterapia tem como objetivo estimular um senso de responsabilidade e aptidão por tarefas compatíveis ao estado geral do interno.
Sendo assim, são praticadas atividades simples, como organização e limpeza de objetos pessoais que, apesar de parecerem básicas, o uso de drogas pode fazer com que a pessoa perca essas práticas.
7. Pós internação
Após o fim do tratamento para dependente químico, é hora de o paciente retornar para o seu lar e para o seu convívio social com parentes e amigos.
É essencial ter consciência que a dependência química, infelizmente, não tem cura.
Porém, os resultados de uma desintoxicação somados às terapias permitem que a pessoa tenha uma vida normal.
Isso significa que mesmo após a internação, a família precisa acompanhar o dia a dia do ente querido e monitorar qualquer recaída ou apresentação de comportamentos suspeitos.
O que fazer em casos específicos?
Em casos mais graves, em que o dependente não apresenta muitos resultados aos tratamentos indicados, o recomendado é buscar alternativas em uma comunidade terapêutica.
Nesses ambientes, o interno tem acesso a espaços mais protegidos com atenção terapêutica específica, a trabalhos, a estudos religiosos e a grupos de autoajuda.
Portanto, lembre-se: a dependência química é uma doença sem cura e que afeta todos os aspectos da vida do paciente.
Apesar disso, os tratamentos podem ser eficientes e a suspensão do uso da droga é o primeiro passo para o dependente químico iniciar sua reinserção social. Por fim, isso pode levar cerca de um a cinco anos.
Conclusão sobre o tratamento para dependentes químicos
Desse modo, o importante é buscar conhecimento e entender que a pessoa tem possibilidades de se recuperar e retomar uma rotina normal e saudável, quando tratado da forma correta, com os medicamentos ideais e o devido acompanhamento de profissionais qualificados.
Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória
A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.
1- Internação Voluntária:
A internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.
- Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.
- Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.
2- Internação Involuntária:
A internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.
- Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.
- Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.
3- Internação Compulsória:
A internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.
- Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.
- Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.
Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.
Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:
O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:
- Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: O auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
- Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
- Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
- Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
- Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego.
Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.
Benefícios da Internação
A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:
Ambiente Controlado e Seguro:
Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.
Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.
Tratamento Multidisciplinar e Personalizado:
As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.
Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.
Desintoxicação Segura e Supervisionada:
Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.
Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.
Aprendizado de Habilidades para a Vida:
- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.
- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.
Suporte Emocional e Social:
- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.
Prevenção de Recaídas:
- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.
- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.
Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias.
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